Sobre o autor:
Nicholas Carr nasceu em 1959 nos Estados Unidos. É um autor que publica livros sobre tecnologia, negócios e cultura. O Livro The Shallows foi finalista do Prêmio Pulitzer em 2011. Além dele, escreveu livros como: Does IT Matter (2004) e The Glass Cage (2014).
Destaques do texto:
“A tecnologia de uma mídia, por mais surpreendente que possa ser, desaparece por trás de tudo o que flui através dela – fatos, instrução, entretenimento,conversa.”
“Pesquisas que antigamente exigiam dias em estantes ou salas de periódicos de bibliotecas agora podem ser feitas em minutos. Algumas buscas no Google, alguns cliques rápidos em hiperlinks, e eu tenho em mãos o fato intrigante ou a citação sucinta que estava procurando.”
“Não importa se estou online ou não, minha mente agora espera assimilar a informação do mesmo jeito como a Internet a distribui: num fluxo de partículas que se deslocam rapidamente. Antes eu era um mergulhador no mar das palavras. Hoje eu apenas surfo na superfície, como alguém num jet ski.”
“Parece que chegamos, como previu McLuhan, a um ponto importante de nossa história intelectual e cultural, um momento de transição entre dois modos muito diferentes de pensar. O que estamos abrindo mão em troca das riquezas da rede – e só um ranzinza se recusaria a vê-las – é o que Karp chama de “nosso antigo processo de pensamento linear”.”
“O computador, comecei a perceber, era mais que apenas uma ferramenta que fazia o que a gente mandasse fazer. Era uma máquina que, de maneira sutil e inconfundível, exercia influência sobre a gente.”
“Passamos da percepção infantil do mundo, egocêntrica e puramente sensorial, para a análise juvenil da experiência, mais abstrata e objetiva.”
“Toda tecnologia é uma expressão da vontade humana. Com nossas ferramentas, buscamos ampliar nosso poder e controle sobre as circunstâncias – a natureza, o tempo, a distância, um sobre o outro.”
“Nossas tecnologias podem ser divididas, grosso modo, em quatro categorias, de acordo com como completam ou ampliam nossas capacidades nativas. Um conjunto, que abrange o arado, a agulha de costura e o caça, amplia nossa força física, destreza ou flexibilidade. Um segundo conjunto, que inclui o microscópio, o amplificador e o contador Geiger, amplia o alcance e a sensibilidade de nossos sentidos. Um terceiro grupo, que vai das tecnologias como o açude e a pílula anticoncepcional ao milho geneticamente modificado, permite-nos mudar a natureza para melhor servir nossas necessidades e desejos.
O mapa e o relógio pertencem à quarta categoria, melhor chamada, para usar um termo empregado em sentidos ligeiramente diferentes pelo antropólogo social Jack Goody e pelo sociólogo Daniel Bell, de “tecnologias intelectuais”. A categoria inclui todas as ferramentas que usamos para estender ou apoiar nossos poderes mentais – para encontrar e classificar informações, formular e articular ideias, compartilhar know-how e conhecimento, fazer medições e realizar cálculos, expandir a capacidade de nossa memória.”
“ A ideia de que somos de alguma forma controlados por nossas ferramentas é um anátema para a maioria das pessoas. “Tecnologia é tecnologia”, declarou o crítico de mídia James Carey, “é um meio de comunicação e de transporte sobre o espaço, e nada mais”.”
“É difícil acreditar que “escolhemos” usar mapas e relógios (como se tivéssemos escolha). É ainda mais difícil aceitar que “escolhemos” a gama de efeitos colaterais de tais tecnologias, muitos dos quais, como vimos, foram totalmente inesperados quando a tecnologia entrou em uso.”
“Em grande medida, a civilização assumiu sua forma atual como resultado das tecnologias que as pessoas passaram a usar.”
“Através dos milênios de história pré-alfabetizada, a linguagem evoluiu para ajudar o armazenamento de informações complexas em memória individual e tornar mais fácil a troca de informações com outras pessoas através da fala.”
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